top of page

NAPOLEÃO E SEUS MAPAS

  • Foto del escritor: geopam
    geopam
  • 19 mar
  • 12 Min. de lectura

Chet Van Duzer

Lazarus Project, University of Rochester, Estados Unidos | GEOPAM


A afirmação de que existe uma relação estreita entre mapas e poder político tornou-se um clichê na história da cartografia nas últimas décadas. J. B. Harley e David Woodward, por exemplo, escreveram que os mapas são “armas intelectuais especializadas pelas quais o poder poderia ser ganho, administrado, legitimado e codificado”,[1] e Harley, em seu famoso ensaio “Maps, Knowledge and Power”, escreve que os mapas “facilitam a condução técnica da guerra, mas também atenuam o sentimento de culpa que surge de sua condução: as linhas silenciosas da paisagem de papel fomentam a noção de espaço socialmente vazio”.[2] E, de fato, Yves Lacoste havia declarado anteriormente no título de seu livro, La géographie, ça sert, d’abord, à faire la guerre (Paris: F. Maspero, 1976), que “a Geografia existe, antes de tudo, para fazer a guerra.”

 

Napoleão Bonaparte (1769-1821) foi um dos maiores líderes militares da história, e Carl von Clausewitz o chamou de “o próprio Deus da Guerra”.[3] Mas, de alguma forma, pouca atenção foi dada ao enorme interesse de Napoleão por mapas como ferramentas para ajudá-lo a alcançar o sucesso no campo de batalha.[4] Nesta breve contribuição, apresentarei algumas citações que mostram a obsessão de Napoleão por grandes mapas, que era tão intensa ao ponto de se deitar sobre grandes mapas e estudar os detalhes dos futuros campos de batalha por horas. Examinarei também o uso de mapas e globos para simbolizar as ambições territoriais de Napoleão.

 

Em 1808, Napoleão ordenou a produção de uma Carte militaire de l’Allemagne em uma escala de 1:100.000. Esse mapa manuscrito foi concluído em julho de 1809 e foi chamado de La carte de l’Empereur.[5] O coronel Henri Berthaut relata que o mapa se estendia por  420 grandes folhas que, quando montadas, mediam 168 metros quadrados (1.808 pés quadrados), o tamanho de uma quadra de vôlei.[6] Napoleão rejeitou o mapa devido às suas imprecisões, mas mesmo assim o levou em sua campanha para a Rússia, e o exemplar caiu nas mãos russas durante a retirada caótica e desastrosa de Napoleão daquele país em 1812. O paradeiro do original é desconhecido, mas de 1822 a 1830 o estado-maior prussiano fez uma cópia do mapa que está guardada na Staatsbibliothek zu Berlin.[7] A cópia  divide-se em 254 folhas (Fig. 1), que, se montadas, mediriam 8,8 x 7,3 metros — aproximadamente o tamanho de uma sala de aula.


Fig. 1. O índice do mapa das 254 folhas da Carte militaire de l’Allemagne, de uma cópia feita entre 1822-1830. Staatsbibliothek zu Berlin, Preussischer Kulturbesitz, Kart. F 6278.

 

Napoleão havia demonstrado seu amor por grandes mapas no início de sua carreira. Ernst Otto Innocenz Odeleben em seu Mit Napoleon im Felde 1813 escreve:


Se Napoleão permanecesse no acampamento com as tropas, um anexo para seu gabinete era imediatamente montado ao lado de sua própria tenda, meticulosamente arranjado a cada vez. No meio da sala ficava uma grande mesa sobre a qual se espalhava o melhor mapa do teatro de guerra. Na Saxônia, era o mapa de Petri, porque Napoleão se acostumara a ele em 1806 e o tinha em alta estima. Era ainda o mesmo exemplar do mapa, geralmente orientado corretamente antes de sua chegada, e adornado com pinos, cujas pontas eram coloridas, colocados em toda parte para marcar as posições dos vários corpos de exército e do inimigo. Esta tarefa era realizada pelo diretor de seu escritório topográfico, que tinha que trabalhar quase incessantemente com ele e estava mais familiarizado com as posições. Se esse mapa não estivesse pronto, tinha que ser trazido imediatamente após sua chegada, pois era sua casa portátil, parecendo-lhe mais precioso do que outras necessidades da vida. À noite, era iluminado talvez por 20 a 30 luzes, com uma bússola colocada no centro. Quando ele montava seu cavalo, o Grande Escudeiro Caulaincourt carregava a folha necessária do mapa presa ao seu peito, porque ele estava sempre mais próximo de Napoleão, para que pudesse oferecer-lhe quando Napoleão dissesse: "O mapa!"[8]

 

A declaração de Odeleben de que o mapa, cuidadosamente arranjado, iluminado e atualizado, "era sua casa portátil, parecendo-lhe mais precioso do que outras necessidades da vida", é, de fato, muito reveladora.

 

Jacques de Norvins, em seus Souvenirs d’un historien de Napoléon, relata que pouco antes da Batalha de Heilsberg (atualmente Lidzbark Warmiński, na Polônia) em 10 de junho de 1807:


Após chegar ao grande planalto que coroava a altura, o Imperador segurou seu cavalo e saltou ao chão, chamando: "Berthier—meus mapas." Imediatamente, o Grande Escudeiro fez um sinal ao ordenança do estado-maior que carregava a pasta de mapas, abriu a caixa e a entregou ao Chefe do Estado-Maior, que, sem chapéu, espalhou um imenso mapa sobre o gramado; sobre este o Imperador avançou de joelhos, depois de quatro, e por fim deitado, usando um pequeno lápis para marcá-lo. Nesta posição ele permaneceu por meia hora completa, em profundo silêncio. À sua frente, aguardando um sinal ou uma ordem, estavam os grandes dignitários imóveis, suas cabeças descobertas apesar do sol escaldante do verão do norte.[9]

 

Uma pintura de Emanuel Bachrach-Barée (1863-1943) de Napoleão Antes da Batalha de Jena, que ocorreu em 14 de outubro de 1806, mostra uma cena semelhante: Napoleão estendido sobre um mapa que foi colocado no chão, estudando seus detalhes (Fig. 2).

 

Fig. 2. Um cartão postal de uma pintura de Emanuel Bachrach-Barée (1863-1943) de Napoleão Antes da Batalha de Jena, que ocorreu em 14 de outubro de 1806. Coleção do autor.


Jean-Jacques Scherrer (1855-1916) pintou uma cena semelhante intitulada Napoléon à Brünn, en Moravie para o Salon des artistes français em 1907, representando Napoleão em Brno (República Tcheca) durante o período de 20 a 28 de novembro de 1805, preparando-se para a Batalha de Austerlitz (2 de dezembro de 1805), na qual seu exército derrotou o exército da Terceira Coalizão (Áustria, Rússia, Grã-Bretanha e Suécia). Aqui novamente, Napoleão deita-se sobre o mapa, para melhor estudar seus detalhes (Fig. 3). Este método incomum de estudar os detalhes de um mapa demonstra claramente o valor que Napoleão atribuía ao engajamento mais próximo possível com os aspectos cartográficos do campo de batalha.


Fig. 3. Um cartão postal da pintura de Jean-Jacques Scherrer, para o Salon des artistes français em 1907: Napoléon à Brünn, en Moravie, na qual se prepara para a Batalha de Austerlitz (2 de dezembro de 1805). Coleção do autor.

 

Além do uso de mapas por Napoleão para estudar campos de batalha, artistas também os utilizaram para comemorar os sucessos militares de Napoleão e refletir sobre suas ambições. Uma caricatura política de Jean Pierre intitulada Le Triomphe des Armées françaises, impressa em 1797, celebra os sucessos militares franceses durante a Guerra da Primeira Coalizão (Fig. 4).[10] À esquerda, há um obelisco triunfante gravado com os nomes dos generais franceses vitoriosos; à direita do obelisco, o general Lazare Hoche (1768-1797) segura um mapa de Quiberon na Bretanha, onde ele repeliu uma tentativa de desembarque da contrarrevolucionária Marinha Real Britânica em julho de 1795. À direita está o general Jean-Charles Pichegru (1761-1804), que comandou uma força francesa que invadiu a Bélgica e os Países Baixos e depois lutou na frente do Reno; ao lado dele está o general Victor Marie Moreau (1763-1813), que ajudou Napoleão a ascender ao poder e ganhou fama na Batalha de Tourcoing em 1794, e no ano seguinte foi nomeado comandante do Exército do Reno e Mosela. Ele segura parte de um mapa da Europa baseado em uma produção de Jean Baptiste Poirson (1761-1831),[11] que tem o canto cuidadosamente enrolado  para cobrir e obscurecer as Ilhas Britânicas. O mapa mostra as partes da Europa onde ele e Pichegru alcançaram suas vitórias militares. Mais à direita, Napoleão, separado e olhando para trás em direção aos outros três generais, segura a parte do mapa mostrando as terras onde ele foi vitorioso, particularmente o norte da Itália, e o texto abaixo do mapa se dirige a ele, dizendo:


E você, jovem herói, no ano passado contou 14 Batalhas e 60 Combates sem uma única derrota. Este ano, todos os seus passos foram Vitórias; você levou as armas francesas onde elas nunca haviam penetrado antes. Às portas de Roma, você deu paz à Itália; às portas de Viena, você a deu à Europa.[12]

 

Mais à direita, na parte do mapa que está relativamente intacta, os territórios restantes dos Habsburgo estão nas garras de uma águia que segura um sabre quebrado, sinalizando claramente a fraqueza dos Habsburgo. Napoleão domina a cena, e sua localização na ruptura ou rasgo do mapa da Europa enfatiza sua influência disruptiva.

 

Fig. 4. Jean Pierre, Le Triomphe des Armées françaises (Paris, 1797). Getty Research Institute, Prints Collection, P980009* (bx.10,f.5). Cortesia do Getty Research Institute. http://hdl.handle.net/10020/p980009b10f5.


Em 27 de março de 1802, o Tratado de Amiens trouxe uma paz frágil às guerras napoleônicas, que Napoleão usou para fortalecer seu controle sobre os territórios que havia conquistado, levantando novas preocupações na Grã-Bretanha sobre suas futuras ambições. Em 1803, Piercy Roberts (ativo de 1791-1805) publicou um texto intitulado A Stoppage to a Stride over the Globe (Uma Parada para um Passo sobre o Globo) que refletia essas preocupações (Fig. 5)[13] Ele apresenta Napoleão sentado, ousado e confiante, sobre o globo, mas um globo distorcido para focar na Europa, suas pernas alcançando da Suíça à Itália. Ele tem um enorme sabre na mão e olha para baixo em direção a um pequeno homem a seus pés e diz “Ah, who is it dares interupt me in my Progress” (Ah, quem ousa me interromper em meu progresso). O personagem John Bull, uma personificação da Grã-Bretanha, muito menor que Napoleão, está em uma ilha rotulada como Old England, brandindo seu próprio sabre em direção a Napoleão, e diz: "Why ‘tis I little Johnny Bull Protecting a little spot I clap my hand on, and d--n me if you come any Farther that’s all” (Olha, sou eu, o pequeno Johnny Bull, protegendo um pequeno lugar em que coloco a mão, e me amaldiçoem se se você vier mais longe, é só isso) A caricatura paradoxalmente enfatiza o poder da Grã-Bretanha ao retratá-la como capaz de parar Napoleão apesar de seu tamanho muito maior.

 

Fig. 5. Piercy Roberts, A Stoppage to a Stride over the Globe,impresso inicialmente em 1803. Exemplar de G. M. Woodward, Caricature Magazine, or Hudibrastic Mirror (Londres: Thomas Tegg, 1808), vol. 4, folha 82. Yale University, Lewis Walpole Library, Folio 75 W87 807 v.4. https://collections.library.yale.edu/catalog/16192427.


Em 1805, James Gillray (1756-1815) criou uma das maiores caricaturas políticas já publicadas, envolvendo Napoleão e um globo. A gravura intitula-se The Plumb-Pudding in Danger: - or - State Epicures Taking un Petit Souper – ‘the Great Globe Itself, and All which it Inherit,’ is Too Small to Satisfy Such Insatiable Appetites (A Ameaça ao Pudim de Ameixa: - ou - Epicuristas Estatais Fazendo um Petit Souper – ‘O Próprio Grande Globo e Tudo que Ele Herda’ é Pequeno Demais para Satisfazer Tais Apetites Insaciáveis) (Londres: H. Humphrey, 1806). Mostra Napoleão enfrentando o estadista britânico William Pitt (1759-1806) em torno de  uma mesa (Fig. 6).[14] Entre eles, há um pudim de ameixa em forma de globo fumegante que ambos estão cortando. Pittolha nervosamente para Napoleão e corta para si (e para a Grã-Bretanha) o Atlântico a oeste da Grã-Bretanha, particularmente as Índias Ocidentais, enquanto Napoleão, concentrado em sua porção e não em Pitt, corta para si — com um sabre em vez de uma faca — toda a Europa, desde os Países Baixos e a França até o Mediterrâneo.[15] A intensa concentração de Napoleão, o fato de que ele está de pé, e seu sabre comunicam claramente sua poderosa ambição territorial.

Fig. 6. James Gillray, The Plumb-Pudding in Danger: - or - State Epicures Taking un Petit Souper – ‘the Great Globe Itself, and All which it Inherit,’ is Too Small to Satisfy Such Insatiable Appetites (Londres: H. Humphrey, 1805). PJ Mode Collection, 1032.01. Cortesia da PJ Mode Collection. https://digital.library.cornell.edu/catalog/ss:3293761.

 

Na Batalha de Leipzig em outubro de 1813, os exércitos da Coalizão derrotaram a Grande Armée de Napoleão de forma decisiva. Ele foi forçado a recuar para oeste do Reno e, em seguida, as forças da Coalizão invadiram a França. Uma gravura anônima alemã de 1814 intitulada Das Lied vom Ende (A Canção do Fim) (Fig. 7)[16] mostra o olho de Deus observando de uma pirâmide em chamas, enquanto o globo, com todos os seus povos armados, rola em direção a Napoleão, que foge para a esquerda, exclamando “Helft, die große Kugel erdrückt mich” (Ajude, a grande bola está me esmagando). Ele está prestes a cair em uma cova aberta, com um símbolo quebrado da França no chão à sua frente; ao fundo, uma cidade em chamas, aludindo à destruição que ele causou, e no primeiro plano à direita, há símbolos da morte. A reversão é completa: agora, em vez de controlar mapas e globos, Napoleão está sendo empurrado para sua cova por um.


Fig. 7. Gravura anônima Das Lied vom Ende, 1814. Cornell University Library, Album of German Caricatures against Napoleon I, 1813-15, #31, RMC2008_0889. https://digital.library.cornell.edu/catalog/ss:550967.


Notas

[1] J. B. Harley e David Woodward, “Concluding Remarks,” in J. B. Harley e David Woodward, eds., The History of Cartography, vol. 1 (Chicago e Londres: University of Chicago Press, 1987), pp. 502-509, em 506.

[2] J. B. Harley, “Maps, Knowledge and Power,” in Denis Cosgrove e Stephen Daniels, eds., The Iconography of Landscape: Essays on the Symbolic Representation, Design and Use of Past Environments (Cambridge: Cambridge University Press, 1988), p. 284.

[3] Carl von Clausewitz, On War, tradução de Michael Howard e Peter Paret (Princeton, NJ: Princeton University Press, 1976), Livro 8, cap. 3A, p. 583.

[4] Para uma discussão geral sobre o uso de mapas por Napoleão, ver Anders Engberg-Pedersen, “Paper Empires: Military Cartography and the Management of Space,” em seu Empire of Chance: The Napoleonic Wars and the Disorder of Things (Cambridge, MA; Londres: Harvard University Press, 2015), pp. 146-183; e Jos Gabriëls, “Mapping Out Future Victories: Information Management by Napoleon’s Dépôt général de la Guerre, 1800-14,” European Review of History 26.2 (2019), pp. 258-283.

[5] Hanspeter Fischer, “Die Carte de l’Empereur (1808-1812) und die Carte militaire de l’Allemagne (1822-1830), 1:100 000,” Cartographica Helvetica 31 (2005), pp. 15-20.

[6] Coronel Henri Berthaut, “La carte de l’Empereur,” em seu Les ingénieurs-géographes militaires, 1624-1831: Étude historique (Paris: Serviço Geográfico do Exército, 1898-1902), vol. 2, pp. 71-124, esp. 122.

[7] Carte militaire de l’Allemagne, Staatsbibliothek zu Berlin, Preussischer Kulturbesitz, Kart. F 6278.

[8] Ernst Otto Innocenz Odeleben, Mit Napoleon im Felde 1813: eine treue Skizze des französischen Kaisers und seiner Umgebung (Leipzig: G. Wigand, 1910), pp. 127-128.

[9] Jacques de Norvins, Souvenirs d’un historien de Napoléon (Paris: Librarie Plon, 1896-97), vol. 3, p. 190. Esta passagem é citada por David G. Chandler, The Campaigns of Napoleon (Nova York: Macmillan, 1966), p. 567.

[10] Sobre a gravura Le Triomphe des Armées françaises ver The History of Cartography, vol. 4, Cartography in the European Enlightenment, ed. Matthew H. Edney e Mary Sponberg Pedley (Chicago; Londres: University of Chicago Press, 2020), part 1, p. 477.

[11] Não há mapa sobrevivente de Poirson com o mesmo título e data (1797) que o mapa na gravura, mas o modelo parece ser o Carte de l’empire d’Allemagne distingué suivant l’étendue de tous les États, Principautés, et Souverainetés avec les États de Bohême, dressée d’après la carte de l’Académie Royale de Berlin, et d’après plusieurs autres; par H. Jaillot. Où se trouve la frontière du nord de la France, divisée en départements et districts, suivant les décrets de l’Assemblée Nationale Constituante, aux années 1789, 1790 et 1791. Où toutes les routes sont  tracées (Paris, 1792). Sobre Poirson, ver Daniel Bullot e Danielle Bullot, “Plans, cartes, globes terrestres et globes célestes, succès et désillusions dans la vie de Jean-Baptiste Poirson,” Bulletin de la Société d’Histoire et d’Archéologie de l’arrondissement de Provins 166 (2012), pp. 55-112.

[12] O original em francês diz: Et toi, jeune héros, l’Année dernière tu comptais 14 Batailles et 60 Combats sans un seul revers. Cette année tous tes pas ont été des Victoires; tu as porté les armes françaises où elles ne pénétrèrent jamais. Aux portes de Rome tu as donné la paix à l’Italie; aux portes de Vienne tu la donnes à l’Europe.

[13] Sobre a gravura de Roberts, ver F. G. Stephens e M. D. George, Catalogue of Political and Personal Satires Preserved in the Department of Prints and Drawings of the British Museum (Londres: British Museum, 1870-1954), vol. 9, p. 139, nº 9981; e Little Boney and John Bull: Napoleon and his Era in Caricatures and Prints (Londres: Bernard Quaritch Limited, 2015), nº 7.

[14] Sobre a gravura de Gillray, ver Thomas Wright e Joseph Grego, The Works of James Gillray, the Caricaturist; with the Story of His Life and Times (Londres: Chatto and Windus, 1873), pp. 316-317; Draper Hill, Fashionable Contrasts: Caricatures by James Gillray (Londres: Phaidon Press, 1966), cat. nº 39, p. 153; e Tim Clayton e Sheila O’Connell, Bonaparte and the British: Prints and Propaganda in the Age of Napoleon (Londres: British Museum Press, 2015), p. 89.

[15] Na época, Napoleão ameaçava invadir a Grã-Bretanha usando forças que havia acampado em Boulogne, mas não há sinal dessa ameaça na imagem de Gillray.

[16] Sobre esta gravura anônima, ver W.A. Coupe, German Political Satires from the Reformation to the Second World War (White Plains, NY: Kraus International Publications, 1985-1993), vol. 1, p. 293; Jérémie Benoit e Philippe Kaenel, Napoleon I in the Mirror of Caricature (Zurique: Verlag Neue Zürcher Zeitung, 1998), pp. 552-553; e Dagmar Burkhart, “Heldensturz: Deutsche, englische und russische Napoleon-Karikaturen zur Völkerschlacht von Leipzig: Visualisierung eines Desasters,” em Marina Dmitrieva e Lars Karl, eds., Das Jahr 1813, Ostmitteleuropa und Leipzig. Die Völkerschlacht als (trans)nationaler Erinnerungsort (Colônia: Böhlau Verlag, 2016), pp. 215-226, em 226.

Sobre o autor

Fonte: State Library of New South Wales, Australia, via Twitter
Fonte: State Library of New South Wales, Australia, via Twitter

Chet Van Duzer é membro do conselho diretor do Lazarus Project na Universidade de Rochester, EUA, que leva a tecnologia de imagens multiespectrais a instituições culturais ao redor do mundo. Ele publicou extensamente sobre mapas medievais e renascentistas; entre seus livros recentes estão Henricus Martellus’s World Map at Yale (c. 1491): Multispectral Imaging, Sources, and Influence, publicado pela Springer em 2019, e Martin Waldseemüller’s Carta Marina of 1516: Study and Transcription of the Long Legends, publicado pela Springer em 2020. Seu livro sobre cartuchos cartográficos, intitulado Frames that Speak: Cartouches on Early Modern Maps, foi publicado em acesso aberto pela Brill em 2023 e está disponível aqui.







Comments


_logo horizontal geopam - noir.png
  • YouTube - Círculo Branco
  • Facebook B&W
  • Twitter B&W
  • Branca Ícone Instagram

© 2022 GEOPAM

bottom of page